31 de maio de 2010

E começa a guerra pela faixa do Lula

http://www.trilhosdooeste.blogspot.com/
Por: Welber Santos

José Serra apontando para a massa fedorenta (povo brasileiro) com o apoio da massa cheirosa (classe média) - clique aqui e veja a referência no vídeo
O Brasil tá em ano de eleição presidencial. Isso torna a vida cotidiana, pelo menos daqueles que se preocupam mais com o país do que com a seleção brasileira, agitada politicamente e apreensiva sobre o que pode haver nas urnas.

Dessa forma é interessante que acompanhemos a disputa com o devido cuidado. Cuidado com a mídia golpista, tendenciosa e puta de raiva pela permanência de um sindicalista como presidente deste país que ainda não é, pelo menos não em minha perspectiva, uma nação. Cuidado com os partidos de centro, principalmente o PFL (aka: DEM), que na atual conjuntura (como em outras: é originado da ARENA) pula com força à extremidade direitista.

A classe média (ou medíocre), sente-se incomodada com a melhoria nas condições de vida de uma massa dantes excluída da vida urbana e das benesses da insdústria do conforto; público novo nas cadeiras das salas de aula do ensino superior. Nesse aspecto as palavras de Luiz Felipe de Alencastro sintetizam melhor que as minhas, segue a pergunta de Diego Vianna, do Valor, e a resposta de Luiz Felipe:

Valor: A classe média também pode gerar instabilidade, ao sentir que perde privilégios?

Alencastro: Isso já está acontecendo. É o que alimenta a agressividade anti-Lula de certos jornais e revistas, que retratam a perplexidade de uma camada social insegura: os pobres estão satisfeitos e os ricaços também, mas a velha classe média não acha graça nenhuma. Ter doméstica com direito trabalhista, pobres e remediados comprando carro e atrapalhando o trânsito, não ter faculdade pública garantida para os filhos matriculados em escola particular. Tudo isso é resultado da mobilidade social, que provoca incompreensão e ressentimento numa parte da classe média. Daí o furor contra o ProUni, as cotas na universidade, o Bolsa Família. Leio a imprensa brasileira pela internet e às vezes fico pasmo com os comentários dos leitores, a agressividade e o preconceito social explícitos. O discurso de gente como o senador Demóstenes Torres no DEM [contra o sistema de cotas raciais nas universidades públicas] indica uma guinada à direita da direita parecida com a dos republicanos nos Estados Unidos. Lá, esse extremismo empolgou o partido inteiro e pode desestabilizar o país. A falta de perspectiva da oposição cria um vácuo para o radicalismo.


Ao ler a entrevista acima citada, tive uma informação nova: Michel Temer como vice da Dilma. O PMDB, com isso, vem para se tornar o maior partido do país. Mas, talvez nem seja este o exato problema, mas sim a grande massa disforme que o partido representa, com parte de sua bancada que assume sua predilência pelo direitismo DEMoníaco, e outra que se pendura em formas francamente esquerdistas, como é o caso de Roberto Requião, governador do Paraná, mais voltado ao estatismo (ele reestatizou a Ferroeste e deu um jeito no porto de Paranaguá, além de outras ações).

Preocupemo-nos com o futuro desta que queremos que seja uma nação!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Visitantes desde julho de 2009